Arquitetura animal

Recebi um e-mail e o conteúdo eram essas belas imagens. Não poderia deixar de divulgar em meu blog, pois o que o instinto desses animais lhes permite fazer nada mais é que Arquitetura e Engenharia pura.
Tudo isso sem nenhuma ferramenta, apenas o bico, que ao meu ver deveriam ser dignos de receber um título de "mestres de obras"...










Aproveitando bem pequenos espaços.

      Aproveitar pequenos espaços de forma inteligente e com harmonia é o desafio de muitos profissionais hoje em dia, e tende a crescer.
    Com a diminuição dos lotes, e a demanda por quantidade de habitações nas grandes cidades, faz arquitetos e decoradores "quebrarem a cabeça" para deixar ambientes pequenos, em belas e confortáveis moradias.
    Veja neste vídeo do youtube, a apresentação de um projeto de moradia modular e funcional assinado pelo arquiteto chinês Gary Chang. Por meio de módulos deslizantes e encaixáveis entre si, o profissional criou 24 configurações diferentes para o pequeno imóvel localizado em Hong Kong.





Mansão desabitada em Mumbai - Índia

Uma mansão de 27 andares continua desabitada desde o ano passado na Índia, na cidade de Mumbai.



Mumbai é a capital do estado de Maharashtra e a maior cidade da Índia e do mundo, com uma população estimada em quatorze milhões de habitantes. Bombaim encontra-se na ilha de Salsete, ao largo da costa ocidental de Maharashtra. A sua região metropolitana é a terceira maior do mundo, com uma população de cerca de 22 milhões de habitantes. A cidade possui um porto natural profundo pelo qual passam metade do tráfego de passageiros da Índia e grande quantidade de carga.



Ela é de propriedade do homem mais rico da Índia, Mukesh Ambani.


A explicação popular para o fato de o dono ainda não ter se mudado é que apesar do tempo e do dinheiro investidos, o prédio não está em conformidade com a antiga doutrina arquitetônica indiana conhecida como "vastu shastra". São 37 mil metros quadrados, 9 elevadores e 27 andares!


"Vastu shastra" nos dá a técnica de como harmonizar o ambiente, influenciando nossas vidas e indica a harmonia que se deve ter entre os elementos fora e dentro do corpo, no ambiente de residência ou de trabalho.
"Uma casa adequadamente desenhada e agradável será a morada da boa saúde, riqueza, inteligência, boa progênie, paz e felicidade e redimirá seu dono de débitos e obrigações. Negligenciar os cânones da Arquitetura resultará em viagens desnecessárias, mal nome, perda da fama, lamentações e desapontamentos. Todas as casas, vilas, comunidades e cidades, portanto, deverão ser construídas de acordo com o Vastu Shastra. Trazido à luz em favor do universo inteiro, esse conhecimento é para a satisfação, melhoria e bem-estar generalizado de todos."

Certamente, o lar – que se chama Antilia e, segundo relatos de jornais indianos, possui três heliportos, seis andares de estacionamento e uma série de jardins flutuantes – parece habitado.

À noite, a torre do tipo cantilever se acende toda. Os membros da classe abastada da cidade relatam ter frequentado sessões de cinema e jantares no grande salão, servidos por uma equipe treinada pela luxuosa cadeia de hotéis Oberoi

Projeto de Cobertura

Planta de Cobertura

Olá meus queridos. Perdão pela ausência no último mês!
Trouxe para apreciação de vocês, uma planta de cobertura, dentre as várias que tenho projetado nos últimos meses. Não sei a explicação do porque, mas praticamente todos os pedreiros estão precisando deste complementar para executar a cobertura das nossas obras.
Antigamente a implantação/situação e o que era mostrado nos cortes bastava para que fosse executada a cobertura.
O Projeto de Cobertura é um projeto complementar como qualquer outro, como um estrutural ou elétrico por exemplo, portanto precisa ser cobrado.
O que vem acontecendo é que não cobramos por este projeto, e tão pouco costumávamos incluí-lo na lista de projetos complementares que fazem parte do nosso escopo.
Mas estamos percebendo que ele não pode ficar a parte, pois ao chegar na cobertura os clientes nos tem procurado pedindo tal projeto.
Para não precisar encarecer o m2 do projeto orçado, e também para não cobrá-lo separadamente, tenho feito “Planta de Cobertura”.
A Planta de Cobertura é um desenho relativamente simples, que mostra ao executor o posicionamento de cada peça da estrutura do telhado, mostra a altura dos pontaletes principais, a distância entre os caibros (estes dois últimos são os mais importantes) e a dimensão das peças.
Coloco a disposição de vocês em PDF para aqueles que estiverem interessados.

Cidade fantasma San Zhi, em Taiwan

     Li sobre essa cidade abandonada, e fui pesquisar para saber mais sobre ela, achei muito interessante, pois me sinto muito atraído por lugares e coisas abandonadas, resolvi compartilhar com vocês.
     Talvez vocês já tenham lido sobre esse local em algum lugar, mas caso ainda não conheçam, vejam só:
     San Zhi é um complexo de arquitetura futurista que fica localizado no litoral norte de Taiwan…mas o mais intrigante nisso tudo é que ele está abandonado há anos! É difícil entender o real motivo, já que parece ser um lugar agradável e com um design interessante. Aparentemente o local foi abandonado ainda durante sua construção devido ao elevado número de fatalidades.
     Como em qualquer lugar abandonado, San Zhi envolve algumas histórias de fantasmas que habitam o local…o que não poderia ser diferente.








     Sobre o motivo pelo qual abandonaram as obras há várias versões: alguns falam de dezenas de operários mortos nas primeiras semanas de trabalho; outros asseguram que foram os próprios operários que fugiram do lugar ante a presença de misteriosas criaturas.

Projeto de uma escada metálica

    Meus caros amigos, fiz um projeto de uma escada metálica, não é exatamente meu foco de trabalho, mas como aceito toda proposta e aceito desafios usei um pouco do meu conhecimento prático para elaborar este projeto que decidi compartilhar com vocês.
    Nosso cliente tem um galpão de serviços, todavia quando da construção irregular do mesmo, instalou uma escada caracol, cujo modelo é vetado pelos Bombeiros em locais de serviço, comércio ou instituições, a escada caracol é de uso exclusivo para residências.
    Na hora de regularizar houve a necessidade de atender a lei, então elaborei o projeto desta escada, que será executada em aço, degraus maciços de aço, com piso em aço xadrez anti-derrapante (vulgarmente chamado de piso de ônibus). A sustentação se dá pela lateral esquerda da escada que será parafusada a estrutura de concreto armado existente.

    Vejam as imagens:







Quando estiver pronta faço as fotos para disponibilizar para vocês.

Cartilha Ajorpeme

     Uma iniciativa louvável partiu do Núcleo de Engenharia Civil da Ajorpeme que traz os principais aspectos de interesse da população na hora de construir, reformar ou regularizar a sua obra.
     Imagino que esta deveria ser uma iniciativa do Governo de Joinville, mas, ainda bem que temos na cidade outro órgão mais preocupado com o trabalho dos profissionais da área e com a segurança geral da população, que é a Ajorpeme.
      A Cartilha fala sobre a aquisição de imóveis (terrenos ou edificações) neste sentido também já fiz uma postagem no blog, fala sobre a contratação do profissional técnico (a cartilha fala erroneamente "contratação de engenheiro" mas tomei a liberdade de corrigir aqui, pois as pessoas podem contratar Engenheiros, Arquitetos ou Técnicos em Edificações), fala também sobre a contratação da mão-de-obra, aprovação de projetos, honorários e por último sobre o desperdício na construção civil.
      A CARTILHA DA BOA CONSTRUÇÃO CIVIL pode ser obtida gratuitamente na Secretaria de Infra-estrutura Urbana da Cidade de Joinville, na própria Ajorpeme ou no CREA. 
      Visitantes de outras cidades e regiões, encaminhem solicitação às Prefeituras de suas cidades pedindo que formulem material como este da Ajorpeme para distribuir gratuitamente à população. Todos ganham!




Projeto de um Quiosque

   Olá galera que me acompanha no Blog. Fiz o estudo de um quiosque que servirá como área de festas de uma residência. Vou compartilhar com vocês a minha ideia.
   Trata-se de uma edificação em concreto armado, com fechamento em alvenaria de tijolo de barro, com laje no mezanino e cobertura de madeira aparente. Na área aberta projetei uma churrasqueira que pode ser revestida com cerâmica que imita tijolo aparente.
    A renderização é minha, e neste sentido ainda preciso aprender muito!










Como dobrar folhas (projetos)

  Olá galera. Em outra postagem eu ensinei a criar pranchas no AutoCAD para posterior impressão. Hoje eu vou ensinar a dobrar a folha (projeto).
   Fiz um vídeo para demonstrar de forma mais fácil o passo a passo.
   No vídeo eu mostro como dobrar uma folha de tamanho A1, mas se você conseguir obter o mesmo resultado que o meu, poderá facilmente dobrar os outros formatos mais usuais para plotagem de projetos.
   Nós temos em nosso escritório uma HP 110 Plus que plota todos os formatos até o A1, ficando de fora o A0. Quando é necessário usar esse formato, mandamos plotar em uma gráfica.
  Para o dia-a-dia de um escritório de Engenharia e Arquitetura de pequeno e médio porte, essa impressora atende facilmente a demanda de trabalho. Ela imprime com qualidade, os cartuchos não são tão caros, e duram bastante.
   A impressora HP 110 Plus demanda de pouca manutenção, a nossa por exemplo tem mais de dois anos e até agora só trocamos os cartuchos e em uma oportunidade apenas, foram substituídas as cabeças de impressão.

Veja o vídeo:

Maneira correta de cotar o projeto

   Cotar um projeto (desenho) é muito simples. Porém, achar um projeto bem cotado não é fácil. Isso porque regrinhas simples não são respeitadas, ou nem conhecidas por algumas pessoas que trabalham na área, mas nunca fizeram um curso.
  Cotar um projeto de forma que fique visualmente bonito e legível requer um pouco de habilidade, capricho e paciência.
   Vou deixar algumas dicas aqui que podem ajudar a melhorar a visualização das cotas do seu projeto:

1 – As linhas de chamada (as perninhas da cota) nunca – nunca – devem encostar no desenho. Falei nunca mesmo! Isso evita confusão na hora de ler e interpretar o desenho.

2 – A letra deve ser de fácil entendimento, recomendo arial ou romans.

3 – O tamanho da cota de um desenho arquitetônico deve seguir uma regrinha básica. Faça a cota da espessura de uma parede de 15cm. O número 15 deve caber entre as duas linhas da cota;

4 – A espessura da linha deve ser bem fina, em cor preta. Deve ser da mesma espessura dos blocos, ou no máximo, pouca coisa mais espessa que eles;

5 – Como costumo usar projeção do beiral em todos os meus desenhos, afasto a linha de chamada, limitando-a projeção;

6 – Faço um “offset” de 50 cm da projeção do beiral, para a linha de cotas parciais, e mais 50 cm para as totais;

7 – Tudo na edificação deve ter a(s) linha(s) de cotas parciais e 1 linha de cota total, por exemplo: Você esta cotando uma parede, e nesta parede tem uma sacada em balanço. Você passa a primeira linha de cota parcial que vai apontar as dimensões das paredes, uma segunda linha de cotas parciais que vai apontar as dimensões da sacada, e uma terceira linha de cotas que vai apresentar a medida total da parede;

7 – Cotas não podem atravessar o desenho;

8 – Não se cota projeção;

9 – Cotas de altura nos cortes só onde o corte é plano, você não pode cotar por exemplo uma parede inclinada no local que passa o corte, pois essa altura é variável. Também não se cota em corte os objetos em vista, só aqueles que realmente estão sendo “cortados”;
Veja o exemplo na figura abaixo:


Esgoto sanitário em propriedades rurais

    Hoje pela manhã – dia 24 de julho de 2011 – assisti na Rede Globo, no programa “Globo Rural” uma matéria muito interessante sobre Fossa Séptica em propriedades rurais.
Atualmente 80% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que estão doentes por falta de saneamento.
  As propriedades rurais são ainda mais afetadas, pois os dejetos domiciliares são encaminhados para as “fossas negras” – buraco no solo onde se acomoda o dejeto sem qualquer tipo de tratamento –
   Veja a reportagem e o modelo de fossa que está sendo usado, os resultados, e o quão interessante é o sistema!

Certificado de Conclusão de Obras

   Sabiamente algumas cidades, através do poder público municipal, estão exigindo "Certificado de Conclusão de Obras" para que possa formalizar a abertura de empresas.
O único “prejudicado” é o bolso do proprietário que precisa arcar com os custos da legalização da obra para obter o seu alvará de funcionamento. Ademais, todos ganham. Projetistas, Engenheiros e Arquitetos vêem o movimento dos seus escritórios aumentarem, gera receita para a prefeitura pois os projetos precisam ser aprovados para receber o alvará de construção e a população, bem como o usuário, pois isso reflete em mais segurança na construção civil, ou seja, toda a cidade sai ganhando.
   O Certificado de Conclusão de Obras é do documento final, o mais importante da Obra, pois ele comprova que a obra foi realizada de acordo com o que estava previsto no projeto aprovado pela Prefeitura e que, portanto, atende às exigências da legislação e pode ser ocupado com segurança.
 Não é exclusividade para empresas a exigência deste certificado, ele também é indispensável para todo e qualquer tipo de residência, pois atualmente os bancos exigem tal documento para a liberação de financiamentos.

   Os passos para conquistar o tão importante Certificado de Conclusão de Obras são:

1º Aprovar o Projeto Arquitetônico na Prefeitura da sua cidade, sendo que:

a) Se for obra comercial, industrial, de serviços ou residência multifamiliar, precisará aprovar primeiramente o Projeto Preventivo de Incêndio no Corpo de Bombeiros;

2º A aprovação dos Projeto Arquitetônico garante a emissão do Alvará de Construção, onde o cliente conquista o direito de iniciar a obra, como mostrado na figura abaixo;


3º Com o Alvará de Construção em mãos, o cliente ou o responsável técnico se dirige até a Vigilância Sanitária, onde solicita o Alvará Sanitário (habite-se) como na figura abaixo;


4º Tendo o Alvará de Construção e o Alvará Sanitário em mãos, o cliente ou responsável técnico finaliza o processo, indo até a Prefeitura solicitar o Certificado de Conclusão de Obras. Neste último passo, inclui-se a vistoria da obra, pelos fiscais da Secretaria de Infra-estrutura Urbana e pelos Bombeiros.

Estando tudo certo, execução de acordo com o projeto, os fiscais liberam a obra, conferindo-lhe o CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DE OBRAS, como na figura abaixo;


Para finalizar com chave de ouro, o cliente ainda pode Averbar a edificação, registrando em cartório a existência no terreno, daquela edificação. No registro e na escritura, constará da seguinte maneira, exemplo: "Um terreno de tantos m² edificado com uma casa de alvenaria com 278,00 metros quadrados".

Informações no Projeto Arquitetônico

   Em um projeto arquitetônico, nada está alí por acaso ou por ser bonito. Toda informação é de utilidade, hora para quem fará os projetos complementares, hora para os executores da obra.
  Uma obra executada apenas com o projeto arquitetônico pode trazer muitas dores de cabeça futuras para quem for usar o imóvel. Os projetos complementares são tão importantes quanto o projeto arquitetônico.
  Mas esta introdução que fiz, foi para chegar ao ponto chave desta postagem: quais informações são indispensáveis no projeto arquitetônico?
   Como citei, todas as informações do projeto arquitetônico são importantes para que projetos complementares e a execução da obra saiam a contento, do jeito que o cliente deseja. Porém, nem mesmo o cliente sabe que precisa de alguns elementos que devem ser informados no projeto arquitetônico. Por exemplo: ponto de água para mangueira de jardim, ralo na sacada, arandelas nas paredes, iluminação do jardim, ponto de energia para o portão eletrônico e interfone, etc.
   É de responsabilidade do projetista discriminar atenciosamente essas necessidades do cliente, para que ainda que não seja executado em um primeiro momento, precisa estar previstos.
   No projeto arquitetônico devem estar informados também: local da pia da cozinha, vaso sanitário, lavatório e chuveiro, bem como banheira. Tanque, máquina de lavar, e pontos de necessidades especiais como: máquina de secar roupa, condicionadores de ar, exaustor, telefone, central de alarme, etc. Eu particularmente dispenso outros blocos, como roupeiro, cama, sofás, mesinhas, escrivaninhas etc. Pontos de energia elétrica devem ser distribuídos em larga escala pelos ambientes, independente de onde quer que esteja disposta a mobília.
   Cliente gosta de ver “bloquinhos” por todo o projeto, isso é um fato. Mas é preciso observar que ás vezes projetos muito enfeitados podem esconder falta de qualidade no projeto em si.      Quando falo em qualidade de projeto refiro-me a capacidade que este deve ter de ser auto explicativo.
   Para resolver essa questão faça uma planta humanizada para satisfazer a necessidade do cliente de imaginar o resultado final. Para o arquitetônico apenas o básico, bem feito, bem cotado, com layers que diferenciem notoriamente os elementos do projeto.
 Clientes: não aceitem projetos sem as informações mínimas para o seu executor compreender o projeto e conseguir realizá-lo.
Informações mínimas para o projeto executivo (aquele que vai para a obra):
- Planta baixa – plantas cotadas, com informações de portas, janelas, e aparelhos de utilização (pia, vaso, etc.), cotas de nível e identificação dos ambientes;
- Cortes - no mínimo 2, com informações de pé direito, altura de portas e janelas, peitoril das janelas, cerâmica onde deve haver cerâmica, localização do reservatório (caixa d’água), escada se houver, desníveis etc;
- Elevações – 2 fachadas, normalmente uma frontal e uma lateral;
- Implantação – a “situação” mostra a localização exata da obra dentro do lote (terreno), com afastamentos (recuos) tamanho dos beirais, distribuição das águas do telhado, norte magnético, etc;
- Localização - a localização do lote na quadra, com indicação de ruas próximas;
- Tabela de esquadrias – é necessário indicar exatamente quais as aberturas, modelos, materiais, quantidades etc.
- Memorial descritivo e quadro estatístico - contendo dados da obra;
- Selo – contendo informações do cliente e do responsável técnico, não deixe jamais de contratar profissionais registrados no CREA. Abra o olho com projetistas estilo "faz tudo". Projeto Estrutural tem que ser feito por Engenheiro Civil, Projeto Elétrico por um Engenheiro Eletricista, etc.
   Ademais, um projeto aprovado na prefeitura é garantia de que atende as normas técnicas bem como a legislação vigente da sua cidade. Construa só após obter o Alvará de Construção.
   Obra pronta é só curtir...


Beiral de laje


     O famoso beiral de laje estilo "escadinha" caiu no gosto dos brasileiros. Pelo menos aqui no sul virou febre. Muitas vezes a pessoa não sabe o que quer na casa, mas tem a certeza que o beiral tem que ser “escadinha”.

     Existem variações do estilo da ponta do beiral, o “escadinha” talvez já esteja saindo de moda.
   Ele pode ser executado de duas formas, pelo menos que eu saiba, mas com certeza pedreiros bem animados consigam elaborar formas diferentes de executá-lo.


1º - beiral de laje estilo “escadinha” com tijolo: Duas fiadas de tijolo deitado contornando o beiral de laje, afastados aproximadamente 5 cm um do outro para fora do beiral, que após rebocados tornam-se parte integrante do conjunto não sendo possível sua percepção.

Prós – muito fácil execução, leve e econômico;
Contra – frágil.

2º - beiral de laje estilo “escadinha” com concreto: É necessário moldar a fôrma de acordo com o gosto do cliente. Pode ser concretado junto a execução da laje, ou depois da cura desta, executar um concreto “in loco” para preenchimento das fôrmas.
Prós – muito resistente, mais fácil de rebocar, torna-se uma estrutura única;
Contra – mais caro, a fôrma é bastante difícil e trabalhosa para ser executada.

     Nos dois modelos é preciso contratar um “calheiro” para fazer uma pingadeira que evita o escorrimento de água pela alvenaria.
     Vale ressaltar que em ambos os casos, a medida de projeto deve especificar bem até onde vai a laje, e quanto mais avança o detalhe. Por exemplo: Se o beiral final pode ficar com no máximo 80 cm, desconta-se 5 cm de cada degrau (2) ou seja: 10 cm. Resultando portanto 70 cm de laje + 10 cm de detalhe = 80 cm de beiral. Caso contrário você poderá ter problemas com a fiscalização quando da vistoria de conclusão de obras.
    Verifique na sua cidade o que a legislação vigente fala sobre beirais, ou avanço nos recuos.
    No projeto arquitetônico um detalhe vem bem a calhar. Faz com que os executores não tenham dúvidas na hora de proceder com o beiral. Veja o meu detalhe:

Ralos

  Uma pequena palavra, tão simples quando dita, tão barata quando comprada, tão simples na sua instalação, mas que tem valor e utilidade incalculável.
  Eu vivo diariamente o problema de uma sacada gigante sem ralo. São 10 metros de sacada, bastante sujeira, bastante água de chuva e apenas dois “caninhos” enjambrados que maltratam a vida do morador, e principalmente de quem limpa.
  Para o ralo são direcionadas as águas provenientes da chuva, da lavação do piso, no banheiro e principalmente no box do banheiro. Vale lembrar que existem dois tipos de ralo: o “ralo seco” e o “ralo sifonado”.
1º Ralo seco – é usado em pisos diversos, como em sacadas, garagens, varandas, onde não há ligação direta com a tubulação que vem de pias ou banheiros. Porque? Simples: O ralo seco não tem o famoso “fecho hídrico” que é a retenção de uma pequena quantidade de água no fundo do ralo que impede a passagem de odores (mau cheiro proveniente da rede de esgoto do imóvel). O ralo seco pode ser instalado em sacadas, varandas e garagens porque é ligado diretamente na rede de água pluvial (água da chuva), ou direcionadas diretamente para a rede pública de coleta (aquela que passa na rua). Veja na figura abaixo o exemplo:
Ralo seco vista

Ralo seco corte

2º Ralo sifonado – é usado em banheiros, box, cozinhas, ou qualquer outro lugar que exista a ligação direta com uma tubulação de esgoto. Isso porque o ralo sifonado exerce a função de “sifão” ou seja, possui o “fecho hídrico” e impede que os odores provenientes do sistema de esgoto voltem pela tubulação e invadam o ambiente. E sinceramente, não existe nada mais desagradável que estar em um ambiente tomado por mau cheiro de esgoto. Veja na figura abaixo o exemplo:

Ralo sifonado vista
                                                           
Caixa sifonada corte

     O fecho hídrico que falei acima é uma lâmina de água que devido a curva projetada na peça não escorre totalmente, ou seja, essa água impede com garantia de 100% que mau cheiro e maus odores não voltem e invadam o ambiente. Veja na figura abaixo o exemplo:
Fecho hídrico

     Eu considero indispensável que o projetista arquitetônico informe em projeto os locais onde devem haver ralos. Pois devido aos níveis e ou detalhes arquitetônicos ele saberá se ficará ou não água acumulada em determinados lugares. 
    Imagine um prédio de 12 andares sem ralo na sacada (coisa que não é difícil de acontecer). O morador do último andar resolve lavar sua sacada. A água é direcionada através daqueles caninhos improvisados e vem caindo molhando todos os andares abaixo. Respinga paredes, cai na sacada abaixo, molha transeuntes etc... é um caos. Como falei no início desta postagem é muito barato e fácil instalar esses ralos. 
  O projetista informa no projeto onde deve haver ralo, e o engenheiro que for fazer os projetos complementares (de água e esgoto) decide e especifica se usa o “ralo seco” ou “ralo sifonado”.
Simples assim!
    O que não vale é deixar os moradores ou usuários reclamando pelo resto da vida e dizendo “quem foi que projetou isto aqui?”
Abraços..

Criando pranchas no AutoCAD

      Vou ensinar a maneira mais simples de criar pranchas para plotar seus projetos no modo "layout" do seu AutoCAD, são poucos passos:

1º - Depois de desenhar seu projeto no modo "model", clique no modo "layout" conforme a figura abaixo:


    Em layout você cria sua prancha, contendo informações como nome do responsável técnico, CREA, nome do cliente, endereço da obra, tipo de projeto, numeração das pranchas, conteúdo das pranchas etc.
    A prancha é criada normalmente, como um desenho qualquer.

2º - Em seguida, nas configurações de layers, você cria uma nova layer, chamada VPORT, da cor que achar melhor para sua visualização, e clica no ítem "não imprimir, ou bloquear plot" conforme a figura abaixo:

  
      A layer VPORT  é para criação de viewports onde os elementos do seu projeto arquitetônico, tais como planta baixa, cortes, fachadas, localização, implantação etc. irão aparecer dispostos na prancha!

3º - Entre na layers VPORT e digite "mv" (sem as aspas) e de enter então você estará no modo criação de uma viewport. Clique em dois cantos formando um quadrilátero. Você terá criado uma viewport. Nesta viewport aparecerá o projeto que você criou lá no modo "model"... Veja na figura abaixo o modelo:


4º - De um clique duplo dentro da viewport que você criou, centralize o desenho, e de o fator de escala. Vá até ploter/impressora e simule uma impressão. Eu uso a minha prancha em escala 1/5, pois ao dar o fator de escala, o meu desenho já fica em escala 1:50. Para dar o fator de escala você digita "z" enter "s" enter "1xp" tudo sem aspas, e faça um clique duplo fora da viewport. Para deixar em escala 1/100 digite "z" enter "s" enter "0.5xp".  Olhe a figura abaixo: 


Você chegará neste ponto, onde já deixou tudo pronto para plotar seu projeto!
O resultado deve ser igual a esse mostrado na figura a seguir:


5º - Novamente simule a plotagem/impressão, use o "window" para isso. Com as escalas que informei, você deve chegar ao resultado mostrado na figura abaixo.
      O mesmo processo deve ser usado para gerar plt ou pdf.


      Desta maneira você consegue facilmente elaborar pranchas, plotar projetos, gerar pdf entre outros.
      Experimente fazer no seu computador e me conte como foi!
      Abraços...