Renderização

     Não há nada que deixe o cliente mais empolgado que uma bela renderização. Criar um 3D e depois fazer vídeos e imagens renderizadas faz sem dúvida o cliente decidir pelo projeto.
     Até ontem eu não havia iniciado este trabalho de Renderizações, parava no 3D que eu gero pelo Arqui 3D, software este instalado dentro do CAD.
     Um amigo me deu uma aula, e no dia de ontem, sozinho, consegui chegar neste trabalho que apresento a seguir. Claro que falta configurar iluminação e ter mais tempo para "enfeitar" o ambiente.
      O programa o qual usei para fazer este trabalho é o SketchUp, e o plug in que renderiza as imagens é o Podium.
      Meus trabalhos não são fictícios, todos são projetos que foram ou vão ser realizados, como este por exemplo que trata-se de uma residência unifamiliar, que a cliente quer transformar em 3 geminados.
      Este é o resultado que cheguei, mas que será melhorado nos próximos dias:




          

Sistema de Captação de Água da Chuva

   
      "A água é um bem natural que deve ser preservado".

      O Planeta Terra na verdade deveria se chamar Planeta Água, mas isso não é uma boa notícia para os dados estatísticos sobre água no planeta. Estima-se que apenas algo em torno de 1% esteja em condições de consumo.
      Dia 22 de março é o  Dia Mundial da Água, Declaração Universal dos Direitos da Água. A pedido de um amigo e constatando a necessidade de se falar sobre esse assunto, resolvi fazer este post sobre captação de água da chuva. Espero que ele possa contribuir de alguma forma.
     A água das chuvas, ainda que não sejam próprias para consumo, são muito bem aproveitadas para outros fins no ambiente urbano. Em regiões de seca extrema, como o nordeste por exemplo, elas são também usadas para consumo humano e animal.
      Mas como captar água da chuva?
      É mais simples e barato do que se imagina... O sistema de reaproveitamento de água da chuva está se tornando algo indispensável em prédios públicos e instituições, bem como em casas onde há estiagem prolongada. Ainda não é algo corriqueiro no dia a dia das casas que ficam em cidades. Mas o objetivo é que as famílias se conscientizem e comecem a instalar um “sistema de reaproveitamento de água das chuvas”.
     Essa água pode ser aproveitada em vasos sanitários, para lavar calçadas e regar plantas, dentre outras finalidades.
      Basicamente o sistema compõe calhas coletoras, rufos, filtros, reservatório e bomba de lançamento.
      A lógica é a seguinte: Água da chuva escorre pelo telhado, é recolhida pelas calhas, passa por uma tela para reter folhas e outros detritos maiores, entra nos dutos, é direcionada para uma caixa de areia para ser filtrada, segue para um reservatório enterrado onde é armazenada. Essa água pode ser bombeada para um reservatório superior (caixa d’água) para depois seguir para os pontos de consumo. Esta última etapa pode ser dispensada, sendo a água bombeada direto para os pontos de consumo.
      Quem se interessar por contratar um empresa especializada pode gastar algo em torno de 5 a 7 mil reais para instalar o sistema em casa. Também pode optar por fazer um sistema caseiro de aproximadamente 300 reais. A diferença é o volume de água à ser captado. Na primeira opção você não verá o sistema, ele será todo integrado à edificação. No segundo, ficarão visíveis os componentes do sistema. Qualquer pessoa com um pouco de habilidade em trabalhos de carpintaria pode construir um sistema. Veja como funciona na ilustração a seguir.


Imagem obtida no site Ecovila Clareando.
Texto de Rafael Zimmermann - dúvidas ou caso queira extrair o texto ou parte dele me escreva.

Centrais de Gás

      Apesar de o meu Blog ser sobre Projetos Arquitetônicos, não posso fugir de temas importantes que precisam ser bem lembrados durante a elaboração do Projeto.
      Trago hoje algo que é corriqueiro na vida dos projetistas: as centrais de gás.
      A central de gás deveria ser feita em qualquer projeto de residência, mas elas só são obrigadas em residências multifamiliares, obras comerciais e industriais.
      A central de gás de residências multifamiliares coomo geminados por exemplo, são constituídas de pequenos abrigos, com aberturas nas laterais, porta feita em gradil ou tela, tudo isso para que em caso de vazamentos a chance de incêndio seja mínima.
      Em prédios opta-se por centrais de gás maiores, específicas para cada caso, que venham a abrigar Tanques GLP com maiores capacidades. No caso de Geminados adota-se Recipientes (botijões) de 13 kg.
      Para cidades que seguem as normas dos Bombeiros Militares é necessário que a central de gás tenha lugar para recipiente reserva. Cidades que seguem normas dos Bombeiros Voluntários não precisam reservar este espaço.
      Na imagem a seguir, disponho a Central de Gás que uso nos meus projetos geminados, casas em condomínios, ou até mais de uma casa em um mesmo lote:

Central de gás também faz parte da arquitetura, portanto quem gosta de inovar pode dar à sua central um design mais fashion...

Quem tiver dúvidas pode me escrever!
Abraços
     

      Conforme prometido, aqui está a minha configuração de "Penas".
     
      É simples, usual. Utilizo essa configuração no meu dia - a - dia!


      Valeu galera...

Os layers!

      Ao trabalhar no software AutoCad você se depara com linhas da mesma espessura e cores de variação indeterminada. Na hora da plotagem, usualmente e normalmente é o contrário. Você observa a folha branca, e as linhas pretas com uma grande variação de espessuras. 
      E para que isso?
      Ao ler e interpretar um projeto você não pode confundir linhas, é preciso estar muito bem determinado através de uma espessura aquilo que você esta olhando. É necessário saber exatamente e claramente o que é uma parede, um bloco, uma cota, uma hachura, etc.
    Usamos uma sequência de cores no Cad, e para cada cor uma linha com espessura específica aparecerá na plotagem. Por exemplo: 
       Paredes:  cor - magenta  / espessura - 0,05 mm. 
       Blocos:    cor - vermelho / espessura - 0,01 mm.
       Esses valores são em caráter de exemplo, pois cada profissional pode criar suas "penas". 
       Vou em breve postar aqui a minha configuração de penas. 
      Outro benefício de ter "penas" bem definidas é que ao enviar seu trabalho, ou receber o trabalho de outro profissional que irá manipular o seu projeto, é que cada profissional pode enviar junto com o trabalho a sua configuração de penas. Assim que vai "mecher" no seu projeto, sabe como manter a identidade do profissional.
     Eu gosto muito de trabalhar com grande diferenciação de penas (espessuras de linhas) pois o resultado final é um projeto bonito, agradável aos olhos, de fácil entendimento. No meu escritório temos uma HP 110 plus, colorida. Usamos projetos arquitetônicos impressos somente em preto, e alguns complementares mais complexos usamos plotagem colorida, para melhor visualização dos componentes. Nos casos onde há uma grande quantidade de componentes, trabalhar com espessuras de linhas diferentes não resolve, é melhor ter linhas de espessuras idênticas e cores variadas.
      Voltando ao projeto arquitetônico, gosto de mostrar em planta baixa e cortes a cerâmica ou laminado. Para tal, uso uma linha muito fina, e em tom de cinza claro. O resultado é excelente. 
      Em espessuras, segue a sequência que uso no meu dia dia, definida da mais grossa, para a mais fina:

//////Paredes;
/////Estrutura;
////Esquadrias e textos;
///Blocos e vegetação;
//Cotas;
/Pisos e telhados.

Até breve!

Para quem precisa aprovar um projeto na Prefeitura

      Para quem trabalha com projetos, sabe que não tarefa das mais fáceis aprovar um projeto sem gerar pelo menos 01 ofício. Mesmo que seja somente 01, isso significa que o projeto ficará em análise pelo menos o dobro do tempo que ficaria caso fosse aprovado na primeira análise. Como não raramente os analistas percebem coisas na segunda análise que não haviam notado na primeira, vem um segundo ofício e aí, a coisa fica feia.
      Eu não sei como é a situação nos diversos setores de análise de projetos no resto do país, aqui em Joinville demora bastante para um projeto tramitar. Sem contar é claro a demora causada quando é necessária a intervenção da Fundema ou de órgãos que fornecerão pareceres quanto ao projeto protocolado.
      Vou citar alguns detalhes que devem ser verificados cuidadosamente antes de plotar  projeto arquitetônico e tentar aprová-lo de primeira análise:
- verificar área (parciais e totais);
- cotas ( conferir se a somatória das parciais confere com as totais);
- cotas de beiral (podendo se projetar no máximo 80 cm sobre os recúos mínimos, onde não for recúo mínimo pode se projetar até 120 cm garantido por lei);
- cotar todos os recúos na planta de situação/implantação;
- cotas  níveis (identificando inclusive a diferença entre rebaixo de nível em sacadas e box de banheiro);
- identificar a inclinação do telhado na planta de situação/implantação;
- numeração das pranchas;
- consulta amarela (verificar se há áreas à demolir, se tiver solicitar antecipadamente, bem como numeração residencial);
- identificar na planta e situação/implantação: Acesso de 25% e Ajardinamento 75%;
- norte magnético na planta de situação/implantação;
- confrontantes (vizinhança) e medidas do lote;
- anexo 01 (assinado pelo cliente e pelo resp. técnico);
- anexo 02 (assinado apenas pelo resp. técnico);
- cópia do registro do lote atualizado (com no máximo 30 dias);
- 03 vias do projeto arquitetônico devidamente assinadas;
- verificar memorial descritivo;
- certificar-se que os cortes passaram pelas áreas molhadas da edificação;
- certificar-se que mostrou pelo menos em um dos corte a caixa d'água;
- certificar-se que janelas e portas tem as mesmas alturas em planta baixa e cortes;
- conferir nome do cliente no selo;
-conferir taxa de ocupação t.o. (maior área de pavto. projetada x 100 dividido pela área do lote);


Minha formatura!

      Galerinha amiga, não poderia deixar de mostrar uma foto da minha formatura no Curso de Edificações em dezembro de 2010. Só agora tive acesso as fotos!
      Já tenho meu CREA-SC definitivo, portanto já posso atuar como profissional técnico responsável pelos meus próprios projetos.
      Espiem hehe...


      Abraços fraternos e um excelente feriado de carnaval par todos vocês!


Uso de Blocos

     Os famosos "blocos" dão vida ao desenho, isso não resta a menor dúvida. Mas eles tem utilidade, que não apenas enfeitar o projeto. Blocos como os de pia de cozinha, vaso sanitário, lavatório, chuveiro e tanque, vão orientar o profissional que fará os projetos complementares. Quem define a posição destes elementos é o projetista arquitetônico. O responsável pelos outros projetos sempre respeitará a definição do arquitetônico.
     Já os outros blocos, como camas, mesas, roupeiros, automóveis, escrivaninhas, pessoas etc, podem vir a atrapalhar a visualização e o fácil entendimento do projeto. Por isso eu uso esses blocos só nos croquis e nos estudos que serão aprovados pelo cliente, assim ele pode ter uma idéia de espaço e de disposição da mobília na edificação.
     Um amigo analista de projetos me relatou que eles preferem analisar projetos sem blocos de mobília, é claro que eu concordo. Um projeto final tem muitas cotas, muitos textos e muitas informações, colocar mobília pode sacrificar uma correta e fácil visualização do projeto.
      Um artifício muito bom é ter várias edições para um mesmo projeto. O projeto que vai para o órgão de análise a aprovação por exemplo, não precisa de blocos de mobília, e pode conter informações que importam apenas para a questão de aprovação de projetos. Você pode fazer uma edição do mesmo projeto e torná-lo um projeto executivo, que contenha informações mais fáceis de entender, informações úteis apenas a quem vai executar o seu projeto. Pode ainda haver um terceiro projeto para o cliente guardar com ele.
      Desta maneira todos ficarão satisfeitos com o seu projeto.


                                                                          Do autor.

Linha tracejada no Projeto Arquitetônico

      Falando agora para desenhistas iniciantes, ou clientes que tem em mãos o projeto da sua casa ou empresa, ou até mesmo quem olha um projeto e não entende as linhas tracejadas, quero ajudá-los a tirar o maior proveito desse artifício tão útil.
     
      A linha tracejada serve para mostrar algo na planta baixa que está ali, mas você não está vendo, ou seja: uma projeção! A planta baixa de uma edificação é como se fosse um corte a 1,5 metros do piso. Ou seja, nessa altura você terá coisas abaixo ou acima que não são cortadas, então neste caso usa-se a linha tracejada.

      Por exemplo, uma bancada na cozinha que tem 1,1 metros de altura, e abaixo do mármore passa uma meia parede que o suporta. Tecnicamente você não vê essa parede, mas ela está lá, então identifica-se ela com um linha tracejada.
     
     Em uma edificação com escada você usará também a linha tracejada, pois até 1,5 metros você esta cortando (vendo) a escada, e a partir desta altura você não a vê mais, mas ainda assim ela está alí e precisa ser mostrada.
     Da mesma forma a projeção do beiral. Ela é mostrada no pavimento onde o beiral está inserido. Por exemplo: em um prédio de três pavimentos. No último existe o telhado com beiral de 0,80 metros. Essa linha tracejada estará margeando a edificação apenas na planta baixa do terceiro pavimento.

      Usa-se linha tracejada também na planta de situação/implantação. Neste desenho é como se você tivesse olhando a edificação do alto, vendo o telhado e o todo o terreno. Neste caso a linha tracejada surge onde está passando as paredes externas da edificação. De modo que torna-se indispensável colocar a cota do beiral!
     
     Mas é sempre bom colocar um texto dizendo do que se refere aquela linha tracejada, se é projeção do beira, projeção do pavimento superior etc.