ABNT NBR 15.575 - Desempenho de Edificações Habitacionais

    Mais conhecida como Norma de Desempenho, a NBR 15.75 - Desempenho de Edificações Habitacionais, entrou em vigor em 19 de julho de 2013.



     A norma é composta por seis partes, e estabelece padrões mínimos de qualidade em estrutura, pisos internos, fachadas, paredes internas, coberturas e sistemas hidrossanitários.
Este divisor de águas da construção civil no Brasil, deve traduzir as necessidades humanas em requisitos técnicos, sendo que o mais importante, é a vida útil e a qualidade do produto em longo prazo.

    A Norma de Desempenho atinge todos os agentes do ramo imobiliário, como, projetistas, fabricantes, arquitetos, engenheiros, construtoras, incorporadoras e consumidores. Todos tem sua parcela de responsabilidade.
A NBR apesar de não ser lei, tem força de tal, e o seu não cumprimento pode ser questionado na justiça.
    Colocar em prática as exigências da norma deve agregar um valor entre 5 a 7% no produto acabado.
    Veja abaixo os requisitos gerais - exigências - da norma, que devem ser colocados em prática em um prazo de cento e cinquenta dias a contar da data em que entrou em vigor:

  • Os projetos devem ser concebidos em consideração as condições de agressividade do solo, ar e dá água, na época do projeto. O estado de uso em limite não deve causar efeitos estruturais que impeçam o uso da construção;
  • Os edifícios devem reunir características que atendam as exigências de desempenho térmico, consideradas as zonas bioclimáticas da NBR 15.220 (Desempenho Térmico de Edificações);
  • A iluminação natural e artificial é abordada pela norma, que apresenta níveis mínimos de iluminância;
  • Os projetos devem ser desenvolvidos com boas condições de acesso para inspeção predial;
  • A água proveniente do sistema hidrossanitário deve ser encaminhada a rede pública coletora, e na inexistência desta, o projeto deve contemplar um sistema que evite a contaminação do ambiente local;
  • O projeto elétrico deve privilegiar o uso de soluções que minimizem o consumo de energia, contemplando a utilização de iluminação e ventilação natural e que o sistema de aquecimento seja baseado em energia alternativa;
  • As edificações devem prever mecanismos de prevenção de infiltração da água da chuva e da umidade do solo;
  • O desempenho acústico, bem comentado na mídia - que hoje é a maior reclamação nos livros de registros dos condomínios - deve prever que os usuários não escutem conversas, passos de salto alto, barulhos de descarga entre outros, dos seus vizinhos;
  • Deve ser especificado pelo projeto o valor teórico para a vida útil de cada um dos sistemas que o compõe, não inferior ao estabelecido em tabela apresentada na norma;


Veja o vídeo da Rede Globo de televisão com a matéria sobre a Norma de Desempenho:


A ABNT NBR 15.575 pode ser comprada no site http://www.abnt.com.br/ ou pelo telefone (11) 3017-3600.

Projeto de uma casa urbana de 105,43m²

    Após passar - não propositalmente - na frente de uma obra concluída, cujo projeto foi elaborado por mim, tive a ideia de ir procurar algumas outras. Como tive um problema com o site que armazenava meus arquivos, perdi muitos trabalhos. Achei um projeto de uma casa urbana, de 105,43m², em meus arquivos no hd externo, que faço questão de compartilhar.
    A obra ainda não foi finalizada, mas fiz duas fotos para mostrar para vocês.




    Trata-se de uma casa projetada para um lote pequeno, de 10m x 24m, em alvenaria convencional, estrutura em concreto armado e laje com *bloco cerâmico (executada com *vigotas "T").
    Área social consideravelmente confortável, integrada à cozinha e à circulação, com dois dormitórios de área agradável, que poderá acomodar um casal com dois filhos, tranquilamente. Um banheiro grande apenas, que comporta banheira de hidromassagem, escritório (home office - tema já abordado em outra postagem), área de serviço e garagem para um carro de grande porte com varanda.
    Projetei inicialmente um alçapão na circulação para acesso ao sótão, onde acomodei a caixa d'água, muito embora tenha percebido que atualmente existe uma portinhola na fachada esquerda, que provavelmente da acesso ao esse. Presumi que o alçapão deve ter sido deixado de lado.
    Daqui há algum tempo vou lá ver o resultado final, e incluo nesta postagem.

    Segue abaixo os pdf's do projeto:
  





*Bloco cerâmico:



 *Vigota "T":














> Esquema de execução:


Postagem fruto do meu arquivo pessoal. Quer copiar? Peça autorização por e-mail.

www.projetoarquitetonico.com

   
  Prezado leitor

  É com prazer que compartilho com vocês o novo domínio do Blog Projeto Arquitetônico:



   Decidi investir mais no nosso blog, em gratidão aos quase 300 acessos diários.
   Chamo a partir de agora de nosso blog, porque ele é tão de vocês, quanto meu, afinal é para vocês que eu publico meus singelos textos.
   Tenho também o novo e-mail para agilizar as respostas das dúvidas ou comentários:


 rafael@projetoarquitetonico.com

   Continue visitando o nosso blog, estarei sempre compartilhando com vocês algo que julgue interessante. E como a vida é uma troca de experiências, quem tiver algum texto para divulgar, alguma dica ou ideia de tema que posso abordar, fique à vontade para me escrever, terei o maior prazer em citá-lo.
   Por favor, deixe seu comentário no chat, ele vai servir como ânimo para continuar investindo cada vez mais em nosso blog.

    Abraços!

    Rafael.

Fiscal da Seinfra presa em Joinville

    Fato lamentável quando alguém usa do seu cargo ou influência para cobrar dinheiro ou favores de outra pessoa.
Foto: Salmo Duarte, do Grupo RBS.
    Pior ainda, quando se trata de funcionalismo público. 

    Em Joinville, uma Fiscal da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura) foi presa após cobrar R$ 6.000,00 de um empresário para liberar o Certificado de Conclusão de Obras.

    Além da falta de dignidade de um profissional que já recebe pelo seu serviço prestado à Prefeitura Municipal, trata-se de um desrespeito ao povo e aos profissionais da área que trabalham sério.
    Possivelmente existam mais pessoas envolvidas no crime.
    
    Que os fatos sejam apurados e os responsáveis paguem pelo crime.

Obra concluída

Fiquei feliz em ver uma criação minha ser concebida: 

> Edifício comercial composto por duas salas de 02 pavimentos na Rua Dona Francisca, em Joinville/SC.

* acessibilidade;
* alta incidência de iluminação natural;
* amplo estacionamento;
* excelente localização;
* utilização máxima de taxa de ocupação.


Imagem renderizada, ano: 2010

Obra concluída, ano 2013

* Projeto concebido na M Engenharia - Engenheiro responsável: Jélson Cássio da Silva.

Eflorescência

      Trata-se de uma patologia da construção civil. Basicamente são depósitos cristalinos de cor branca que alojam-se na superfície dos revestimentos cerâmicos, paredes e tetos.
    Esses depósitos são frutos da migração e posterior evaporação de soluções aquosas salinizadas. Esse processo acontece quando sais solúveis presentes nas alvenarias, rejuntamento e assentamento de placas cerâmicas ou pedras são levados pela água utilizada na construção, limpeza ou vinda de infiltrações. Como os sais, quando em contato com o ar se solidificam, o resultado é a eflorescência, comum em áreas constantemente molhadas como terraços e áreas com infiltrações. 
  Em recente estudo de caso, percebi que áreas com a incidência de manta impermeabilizante intacta, aliada a uma proteção mecânica/contrapiso sem inclinação para o ralo, são mais suscetíveis à ploriferação de eflorescência.

  Todo material natural utilizado na construção civil tem considerável grau de porosidade, aliado a isso, as placas cerâmicas, e argamassas de assentamento possuem vazios em seu interior. São cavidades, bolhas e poros abertos ou fechados e uma enorme rede de microcanais. A água penetra pelos poros, percorre os microcanais e se aloja nos vazios. O processo de exsudação leva essa água - juntamente com os sais solúveis - novamente à superfície causando a eflorescência.

    Para evitar o surgimento de eflorescência deve-se utilizar cimento CP IV (pozolânico) ou cimento tipo RS (resistente a sulfatos). Na impossibilidade em utilizar esses materiais, deve-se utilizar o cimento CPIII, com baixo teor de hidróxido de cálcio. Pode-se ainda utilizar aditivos redutores de água (IMPERFIX ACRÍLICO). Uma cura adequada do concreto (baixa porosidade superficial) também é eficaz, pois proporciona uma argamassa mais densa, impermeável e de menor porosidade capilar.
    Outras opções como: utilização de hidrófugo na argamassa de proteção. Aplicar duas demãos cruzadas de argamassa polimérica sobre a proteção/contrapiso antes da aplicação da cerâmica com argamassa colante. 
    Quando a eflorescência surge, dificilmente poderá ser eliminada, pois normalmente agride a superfície do revestimento. Desta forma o ideal é refazer a área afetada utilizando-se dos cuidados acima citados.
   Existem produtos que prometem eliminar a eflorescência, porém, acredito que seja algo superficial, pois o problema não está na superfície, está abaixo do revestimento.


Me ajudaram com conteúdo nesta postagem:





Sugestão de visita > PINIweb

    Se você chegou a este blog, certamente gosta de construção civil. E se você gosta de construção civil, depois de ler as minhas postagens, sugiro visitar o site da PINI. O site tem um vasto conteúdo, todas as matérias muito interessantes, completas e muito fáceis de ler e entender.
    A PINI possui seis revistas que circulam no mercado - Construção Mercado, Guia da Construção, Téchne, Au, Equipe de obra e Infraestrutura Urbana.
    Além das revistas eles tem dezenas de livros publicados, e a famosa TCPO - Há quase 60 anos, a Base de Dados PINI, em sucessivas edições e versões, é a fonte de informações e critérios para orçamento de obras e a referência de maior credibilidade na indústria da construção civil nacional - que já está na 14ª edição. Eles também desenvolveram softwares na área.
    A PINIweb tem ainda uma página legal - PINIempregos. Lá você pode cadastrar seu currículo ou suas vagas.
    Enfim, trata-se de um site atualizado, que facilmente te prende por algumas horas.

    Vale a pena conferir!



Disco Anti-infiltração - infiltrações em áreas molhadas

    Não é nada raro perceber infiltração em banheiros, áreas de serviço e sacadas de apartamentos. Isso acontece porque muitas vezes temos falhas no rejuntamento, cerâmicas quebradas ou rachadas, cerâmica mal assentada, falha na execução da manta, ou manta rompida etc.
    A água acaba percorrendo pelo caminho mais fácil, e pinga no forro do apartamento de baixo.
    Quando o forro é de pvc, é mais fácil identificar o problema, pois para poder acompanhar o caminho da água, basta removê-lo e depois instalá-lo novamente.
    Já no caso do gesso, o transtorno é um pouco maior. Você precisa abrir uma *visita no gesso, depois de identificar o ponto exato da infiltração é necessário chamar um gesseiro para fechar a visita. Após executar o reparo no gesso faz-se necessário esperar secar para só então passar massa corrida. Após a massa secar é necessário lixar e pintar.

Teto danificado por falha no rejuntamento do apartamento superior.


    Para evitar ou pelo menos minimizar esse tipo de situação desagradável a Tigre desenvolveu o DISCO ANTI-INFILTRAÇÃO. Um produto de auto desempenho, que é 100% eficiente quando instalado da forma correta, aliado a uma boa execução da laje, do piso cerâmico e do rejunte.

Veja o esquema: 

1 - A laje precisa ser executada com inclinação para o ralo, após a cura, deve-se instalar o disco anti-infiltração diretamente sobre o concreto.
2 -Nas grelhas que vão coletar a água da possível infiltração deve ser colocado um pouco de areia grossa.
3 - Em cima do concreto, avançando sobre o disco, deve ser aplicada manta asfáltica, não ultrapassando o limitador que existe no produto. Na impossibilidade de aplicar manta por redução de custo deve-se aplicar outro impermeabilizante como viaplus ou igol. Obs: Ideal executar manta asfáltica com um rodapé subindo a alvenaria com no mínimo 20 cm. 
4 - Sobre a manta deve ser executada a proteção mecânica (contrapiso).
5 - Após a proteção mecânica aplicar a argamassa de assentamento, juntamente a cerâmica. 
6 - Após a cura da argamassa deve ser executado o rejuntamento. Importante que a argamassa de assentamento seja aplicada com espátula dentada e não colo bolotas. O rejunte deve ser muito bem executado, pois ele é a maior garantia que não teremos água abaixo da cerâmica.

    A bem da verdade, quando temos uma cerâmica bem assentada, aliado a um rejunte bem executado, dificilmente ocorrerá infiltração. A manta asfáltica e o disco antiinfiltração são apenas medidas de segurança.

    Em campo, o disco anti-infiltração é funcional, mas infelizmente com a mão de obra carente de qualidade em nosso pais, temos lajes executadas com o caimento contrário ao ralo, mantas perfuradas após a aplicação, cerâmica aplicada com bolotas de argamassa etc. Com essas situações é praticamente impossível evitar infiltrações. Elas são um transtorno, pois sempre é necessário envolver o vizinho para solucionar.

    Veja abaixo a descrição técnica do produto:

Características e benefícios:

Benefícios:

O único compatível com todos os sistemas de impermeabilização.
Facilidade de instalação.

Características:

Fabricado em PVC na cor branca;
Diâmetros: DN 100 e 150;
Aba com inclinação adequada para coleta d’água, com superfície texturizada e limitadores de avanço da manta de impermeabilização;
Tela com aberturas para passagem de água;
Ranhuras na parte inferior para facilitar o assentamento;
Bolsa para soldagem do tubo prolongador.



Bitola         E         DE            D1               D              C
 100           24        97,8         218,1         101,6         40
   50         24,5     142,6        273,5          147         40,5


Informações técnicas obtidas em www.tigre.com.br;
Texto próprio - quer copiar peça autorização.
* Visita: Abertura no gesso.