Trata-se de uma patologia da construção civil. Basicamente são depósitos cristalinos de cor branca que alojam-se na superfície dos revestimentos cerâmicos, paredes e tetos.
Esses depósitos são frutos da migração e posterior evaporação de soluções aquosas salinizadas. Esse processo acontece quando sais solúveis presentes nas alvenarias, rejuntamento e assentamento de placas cerâmicas ou pedras são levados pela água utilizada na construção, limpeza ou vinda de infiltrações. Como os sais, quando em contato com o ar se solidificam, o resultado é a eflorescência, comum em áreas constantemente molhadas como terraços e áreas com infiltrações.
Em recente estudo de caso, percebi que áreas com a incidência de manta impermeabilizante intacta, aliada a uma proteção mecânica/contrapiso sem inclinação para o ralo, são mais suscetíveis à ploriferação de eflorescência.
Todo material natural utilizado na construção civil tem considerável grau de porosidade, aliado a isso, as placas cerâmicas, e argamassas de assentamento possuem vazios em seu interior. São cavidades, bolhas e poros abertos ou fechados e uma enorme rede de microcanais. A água penetra pelos poros, percorre os microcanais e se aloja nos vazios. O processo de exsudação leva essa água - juntamente com os sais solúveis - novamente à superfície causando a eflorescência.
Para evitar o surgimento de eflorescência deve-se utilizar cimento CP IV (pozolânico) ou cimento tipo RS (resistente a sulfatos). Na impossibilidade em utilizar esses materiais, deve-se utilizar o cimento CPIII, com baixo teor de hidróxido de cálcio. Pode-se ainda utilizar aditivos redutores de água (IMPERFIX ACRÍLICO). Uma cura adequada do concreto (baixa porosidade superficial) também é eficaz, pois proporciona uma argamassa mais densa, impermeável e de menor porosidade capilar.
Outras opções como: utilização de hidrófugo na argamassa de proteção. Aplicar duas demãos cruzadas de argamassa polimérica sobre a proteção/contrapiso antes da aplicação da cerâmica com argamassa colante.
Quando a eflorescência surge, dificilmente poderá ser eliminada, pois normalmente agride a superfície do revestimento. Desta forma o ideal é refazer a área afetada utilizando-se dos cuidados acima citados.
Existem produtos que prometem eliminar a eflorescência, porém, acredito que seja algo superficial, pois o problema não está na superfície, está abaixo do revestimento.
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