Como um bom projeto de paisagismo pode reduzir o impacto de um empreendimento?

Não passa dia que não discutamos o impacto do nosso trabalho. O impacto positivo e também o impacto negativo. Não há discussão sobre o fato que tudo o que fazemos tem impacto, o debate é como fazer que esse impacto seja o menor possível e ainda se podemos neutraliza-lo completamente. Minimizar e neutralizar são os temas de hoje.

Poderíamos dizer de uma maneira até um pouco simplista que o paisagismo é o “mocinho do filme”. Pois quando se fala de projeto de paisagismo estamos falando de permeabilidade, de verde, de arvores, de cor, de flor e em definitiva de qualidade de vida. Mas antes devemos pensar em como preservar o verde existente. Há arvores no local? Podem ser incorporados ao projeto? Como aumentar o manter a permeabilidade? Quais as alternativas? Como lidar com orçamentos cada vez mais ajustados? É viável propor uma laje ou um telhado verde? Como amenizar a poluição sonora? Como melhorar o conforto térmico, ou reduzir a insolação em horários determinados? Todas estas são as questões que nos propomos a responder cada dia.

Na outra ponta encontramos diversos tipos de clientes, aqueles que estão de fato interessados e comprometidos em oferecer um produto de qualidade e que querem reduzir ou minimizar os impactos e os que só querem fazer de conta ou pior ainda há os que querem fazer de conta que não há nenhum impacto e que não é preciso tomar nenhuma medida mitigatória ou compensatória.

Esses são os desafios, primeiro os técnicos, segundo os relativos aos custos e finalmente os que dependem diretamente dos objetivos do cliente.

Para os primeiros é preciso conhecimento e experiência, um sem a outra não servem. Para os segundos é preciso criatividade e cada vez mais. Para os últimos é necessário saber dizer não e não aceitar trabalhar em projetos ou para clientes que não querem reconhecer que há impacto em tudo o que fazemos, a nossa própria existência como indivíduos tem impacto. Como será este impacto é outro tema. Devemos ter uma proposta responsável de trabalho, escolher as plantas ideais para cada espaço, selecionar aquelas que representarão menos custos de manutenção, as que precisarão menos agua, menos adubo e que melhor se adaptarão as condições do ambiente urbano. Fazer isso dentro de orçamentos ajustados só acrescenta dificuldade a uma tarefa que cada dia exige mais dos profissionais que estão no mercado.


Jordi Castan nasceu em Barcelona na Espanha. É um renomado paisagista com larga experiência em entidades empresariais e na administração pública municipal.
Vive e participa a cidade!


Estudo de impacto de vizinhança

Atualmente, na maioria das cidades do país, os investidores e os incorporadores são obrigados a submeterem seus projetos ao estudo de impacto de vizinhança (ou relatório de impacto de vizinhança), EIV ou RIV, respectivamente.
O EIV - ou RIV- foi previsto no Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001).
Este estudo é uma ferramenta que envolve o poder público e a comunidade para análise do empreendimento que será edificado em um determinado bairro da cidade, no tocante aos impactos que este causará para a vizinhança. 
Os impactos são demandas excedentes que o empreendimento em obra ou em uso levará para aquela vizinhança, tais como sombra, barulho, consumo de água potável, quantidade de efluentes lançados na rede pública, trânsito, etc.
É claro que a construção de qualquer empreendimento gera impactos, e o objetivo deste processo não é eliminá-los, e sim amenizá-los. Por exemplo: um prédio irá ser construído e terá 300 apartamentos. Isso representa um fluxo grande de veículos na rua, tanto veículos particulares quanto caminhões de mundança. O empreendedor ou incorporador pode ser orientado a apresentar área de manobra e carga/descarga dentro do empreendimento para amenizar o trânsito na rua.
Mas a construção de um grande empreendimento trás coisas boas também. O comércio local pode ser beneficiado com a quantidade de clientes que virão quando o empreendimento for entregue. A vizinhança pode ser beneficiada com o asfalto ou a rede de esgoto que a prefeitura fará para atender o referido empreendimento. 
Temos que ter cuidado para que a municipalidade não use o EIV para cobrar do empreendedor melhorias urbanas que são de sua responsabilidade, bem como o órgão público precisa atentar-se ao fato da comunidade muitas vezes usar de má fé na tentativa de barrar o crescimento urbano por questões totalmente particulares.

Fonte da imagem: http://www.kochepki.com.br/2012/08/a-importancia-de-um-estudo-de-impacto-de-vizinhanca-bem-elaborado/


Arquitetura do ferro


Transformações urbanas ocorreram no mundo, originadas em virtude do crescimento demográfico na Europa XIX. O desenvolvimento da industrialização das cidades europeias promoveu o inchaço nos centros urbanos, causando um deslocamento da população para as periferias. Neste momento inicia-se o processo de perda de qualidade de vida e supervalorização dos terrenos. Surge então uma demanda por potencializar a arquitetura e a engenharia, verticalizando as casas (construção de edifícios) e a construção de pontes cada vez maiores (para atender as periferias distantes dos centros). Esta demanda é rapidamente atendida pelo desenvolvimento de novas técnicas de utilização do ferro. O vidro também foi alavancado neste período. Essas tecnologias aliadas ao metal possibilitaram a produção de treliças leves e resistentes que promoveram o aumento da altura dos prédios e o aumento dos vãos das pontes. Este processo foi chamado de arquitetura do ferro, ou engenharia do ferro. 
O ferro é extraído da natureza em forma de minério de ferro e é o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre, cerca de 5%.
Algumas obras no mundo são referências deste novo modelo de arquitetura e engenharia que surgiu no século XIX, são elas:


Torre Eiffel - Paris
Museu D'Orsay - antiga estação de trem parisiense

Mercado Ferreira Borges, na cidade do Porto, em Portugal

Ponte D. Luis (Porto) - Portugal

Veja o vídeo "A arquitetura nas idades moderna e contemporânea" do Professor Marco Pádua:



Tuneis

Arquivo pessoal
O bom de ser blogueiro é a possibilidade de compartilhar com vocês emoções e experiências, e poder ficar um pouco livre dos textos de caráter técnico comuns.

Sempre gostei de viajar, mas limitava meus passeios ao meu veículo particular. Recentemente fui ao Rio de Janeiro, e por insistência de amigos visitei o metrô.

Fiquei impressionado com a dimensão e a rapidez do transporte. 
Como trabalho com construção civil, a primeira coisa que me veio em mente é a quantidade de esforço envolvido na construção das linhas e das estações.

Me perguntei sobre o processo construtivo, e além do que a minha imaginação e conhecimento técnico puderam esclarecer antecipadamente, fui pesquisar sobre o assuntos obter respostas.


O metrô do Rio de Janeiro, inicialmente foi concebido através de valas abertas nas ruas, onde eram concretados os túneis, e posteriormente aterrados novamente. 

Esse processo era demorado e causava muitos transtornos para a população, haja visto a necessidade de interrupção do tráfego local.

Posteriormente os tuneis passaram a ser abertos através de detonações controladas das rochas. Esse processo foi utilizado até a estação de Ipanema.

Atualmente a expansão do metrô vem sendo construída com a utilização de um equipamento chamado tuneladoras, ou tatuzão como é conhecido no Brasil.

Tuneladora
Foto: Universidad Carlos III de Madrid
As tuneladoras são mundialmente conhecidas pelo seu potencial mecânico para trabalhos nos mais diversos tipos de solos, desde rochas mais duras até terrenos arenosos.
Funcionamento tuneladora
Foto: engenhariacivil.com
Uma das maiores obras de engenharia do século XX, também conhecido por ser uma das 7 maravilhas do mundo moderno utilizou tuneladoras, é o Eurotúnel, um túnel ferroviário com 50,5 km de extensão no Reino Unido. Ele foi o responsável pela popularização das tuneladoras.
Eurotúnel
Foto: google
Veja o documentário da NetGeo no youtube sobre a construção do Eurotúnel e divirta-se.






Fotografia e Arquitetura: um casamento perfeito

Por Eberson Theodoro

Crédito: Eberson Theodoro
Desde os primórdios da fotografia, ainda no século dezoito, a arquitetura das edificações já aparecia nas primitivas fotografias em preto e branco. Atualmente, passados quase duzentos anos, fotografia e arquitetura têm estreitado cada vez mais esta promissora relação.




Vários dos elementos visuais presentes em uma fotografia podem ser explorados por meio da arquitetura: linhas, texturas, formas, cores e luzes são pontos mais que importantes na hora em que o fotógrafo pensa a composição da imagem. 

E quem vai negar que estes elementos não são visíveis em todas as edificações de bom gosto presentes nas cidades, por exemplo? Ou até mesmo nas casas em enxaimel em uma área rural qualquer, quase que onipresentes nas pequenas cidades do Sul do Brasil.

Para um fotógrafo, o que vale não é o preço do metro quadrado de um imóvel para que a edificação resulte em uma bela fotografia, mas sim as possibilidades de enquadramento e composição. 

E se engana quem pensa que uma boa fotografia de arquitetura demande equipamentos caros ou horas intermináveis de edição em um computador. É certo que existem casos e casos, mas no exemplo desta foto, fiz o registro do edifício Juarez Machado, em Joinville (SC), com um celular e usei apenas um filtro em preto e branco oferecido pelo aplicativo do Facebook. 

Faça um exercício simples: olhe em volta, qual casa ou prédio lhe chama a atenção? Melhor ainda: evite olhar só o que está à altura de seus olhos, levante a cabeça e olhe para cima, para os lados. Um novo mundo de telhados, fachadas, janelas e portas irá se descortinar sob seus olhos. 


Crédito: Sônia Reinert

Além de amigo, Eberson é Fotógrafo e Jornalista.
Visite página no FB Eberson Theodoro Fotografia  

Fábrica de apartamentos - Edifícios sustentáveis

Empresa sul-brasileira tem fábrica de edifícios sustentáveis

Construtora deixa processo artesanal para investir em sustentabilidade e reduzir prazo de entrega. 

Avançando no desenvolvimento de seus produtos, uma construtora catarinense inicia a partir de 2015 a implantação de uma fábrica de apartamentos. Os empreendimentos serão projetados e concebidos sob o conceito da sustentabilidade, sendo que parte do processo construtivo acontece dentro de um centro de preparação e logística, com 2.000m² de área, dentro do Perini Business Park, que é o maior condomínio multissetorial do Brasil. 

Vilson Buss - Diretor Presidente da Rôgga Empreendimentos
Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS
O processo denominado RES – Rôgga Edifícios Sustentáveis – está alicerçado em três pilares que garantem: maior qualidade, maior competitividade e maior eficiência ambiental. Aliando tecnologia e inovação, a Rôgga Empreendimentos substitui o processo artesanal para utilizar processos padronizados com tecnologia de vanguarda. 

Mais de R$18 milhões serão investidos com pesquisa, qualificação, desenvolvimento de pessoas e tecnologias inovadoras para a construção. Com isso, o objetivo será trabalhar com mais qualidade e redução de custos e de recursos naturais. A Rôgga teve o projeto RES aprovado junto a FINEP - Financiadora de estudos e projetos – e recebeu os recursos para inovação na construção civil. 

Virou notícia
O projeto é inédito e pioneiro no segmento no Brasil. No CPL será feita a produção de partes do edifício com alta precisão e que permitirá a construção de edifícios em tempo reduzido e dispensa insumos utilizados em canteiros de obra convencionais, como o desperdício de madeira, água, e energia. Assim se reduz em 80% de entulho ao final da obra. Longe das intempéries a produção trabalha sem interferências do meio externo, o que gera uma economia de tempo de obra de 30%. Ainda no CPL serão montados os kits hidráulicos e elétricos produzidos em menos tempo e eliminando o desperdício de materiais. As peças prontas são encaminhadas para o canteiro de obras, onde são encaixadas e fixadas, diminuindo drasticamente o tempo de execução, quantidade de mão de obra e aumentando a qualidade, não apenas visual, melhorando principalmente o desempenho do produto ao longo de sua vida útil. 
Com tudo isso nota-se que a construção civil no Brasil começa - em boa hora - a entrar para o ramo da tecnologia de ponta.

Novos cenários para a arquitetura - Bioarquitetura

Por Rafael Souza 


Assim como vem acontecendo com diferentes áreas, a Arquitetura brasileira começa a adentrar de forma cada vez mais profunda no atendimento às demandas de sustentabilidade, em todas as suas dimensões. 
Naturalmente, em meio ao cenário de profunda insustentabilidade que o país enfrenta, com seus reflexos no acesso à água, na crise energética e as mudanças em relação ao gerenciamento de resíduos sólidos, a arquitetura vem se mostrando em uma das áreas mais estratégicas para o desenvolvimento de soluções para superar os desafios enfrentados, principalmente, pelas grandes cidades. 

Fonte: aguar.com.br
Segundo o relatório da WWF (World Wildlife Found), divulgado em Genebra no dia 10 de julho de 2002, o consumo de recursos naturais já supera em 20% por ano a capacidade do planeta de regenerá-los. Já não há como ignorar a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento para a construção civil, atualmente responsável pelo consumo de 15% a 50% dos recursos naturais do mundo. Cerca de 2/3 da madeira natural extraída é consumida pela construção civil, sendo que a maioria das florestas não recebe manejamento adequado. Outras matérias primas, a exemplo do cobre e zinco, têm reservas mapeadas escassas, suficientes apenas para 60 anos. Além disto, a produção de materiais de construção também gera poluição atmosférica. 

Estima-se que sejam utilizados entre 20% e 50% do total de recursos naturais consumidos pela sociedade. A indústria da construção civil também gera impactos no meio ambiente com a produção de resíduos, que se tornou um grande problema nas grandes cidades. O entulho chega a representar 60% dos resíduos sólidos urbanos produzidos. Segundo Pinto (2005), o total de geração de resíduos varia de 163 a mais de 300 quilos por habitante/ano. O processo de produção da indústria da construção civil causa impacto ao meio ambiente ao longo de toda sua cadeia produtiva. Ao ocupar-se de terras, extrair e processar matéria-prima, construir e usar edifícios, recursos naturais são explorados e resíduos são gerados afetando o ar, o clima, o lençol freático, o solo, a paisagem, a fauna, a flora, e, sobretudo, prejudicando o hábitat humano. Estes impactos são mais visíveis em áreas de baixa renda e em áreas urbanas degradadas. Sendo os resíduos provenientes desta atividade o principal aspecto ambiental motivador desse tipo de desequilíbrio. 

Motivados por estes diferentes fatores, pode-se ver um aumento da procura de projetos arquitetônicos que considerem fatores como conforto ambiental, eficiência energética, bem como uma maior eficiência no aproveitamento e destinação dos resíduos da construção civil. Da mesma forma, a popularização de novos conceitos de moradia, como Ecovila e Co-housing, vem trazendo novos cenários para a arquitetura, como a bioarquitetura. 

 Fonte: ecotecnologia.wordpress.com
A Bioarquitetura é um ramo da arquitetura iniciado na década de 60, que busca construir imóveis em harmonia com a natureza, com baixo impacto ambiental e custos operacionais reduzidos. Dá preferência a mão-de-obra e produtos locais, pois essa é uma forma de incentivar a economia da região e minimizar a necessidade de transporte – o que reduz o custo da construção e a emissão de poluentes. Além disto, prioriza-se o uso de técnicas construtivas sustentáveis (tijolo adobe, cimento queimado ou taipa de pilão, entre outras) e matérias-primas naturais, recicláveis, de fontes renováveis e que não possam ser aproveitadas integralmente. Os empreendimentos são pensados para serem sustentáveis também depois de prontos. Assim, adotam-se sistemas de iluminação e ventilação naturais e equipamentos de energia renovável, como painéis solares para aquecimento da água dos chuveiros, além de sistemas de captação de água de chuva e de reuso de água. 
Desta forma, a Bioarquitetura se apresenta como uma alternativa comprometida com o desenvolvimento global, onde todos os processos de sua cadeia de produção são cuidadosamente analisados. De modo interdisciplinar, a evolução dessa ciência caminha de mãos dadas e colabora com o progresso de outras áreas, sejam elas sociais, econômicas, culturais, educacionais e ambientais. 
Muito comum em projetos de ecovilas, em áreas rurais ou peri-urbanas, o conceito vem ganhando força no meio urbano, principalmente pela crescente busca de condomínios residências do tipo co-housing, onde, devido à maior dificuldade em se encontrar produtos naturais, passaram-se também a utilizar os denominados ecoprodutos, ou materiais sustentáveis. É preciso ressaltar que existem diferenças entre o que consideramos como material natural e material sustentável. o material natural, considerado preferencialmente em projetos de Bioarquitetura, é utilizado na forma que é extraído (matéria prima “in natura”) e não passa pelo processo industrial que faz nascer um material sustentável. Este, por sua vez, é composto por materiais que já tiveram algum uso e estarão sendo transformados em um objeto novo. 
Nas suas mais variadas aplicações, a Bioarquitetura se apresenta como um ramo da arquitetura em contínua expansão, por contemplar aspectos da sociedade e meio-ambiente cada vez mais necessários para impactar de positiva e significativamente nos desafios ambientais que se apresentam de maneira cada vez mais acentuada, seja nas grandes cidades, seja no planeta como um todo. 

Rafael Souza é formado em Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná. Especializando em Ecodesign com certificação pelo IBQP. Atualmente desenvolve projetos na empresa de educação e consultoria em Design, Gestão e Sustentabilidade Design ao Vivo. 
É fundador e diretor da Eco Escola de Saberes Sustentáveis, desenvolvendo cursos nas áreas de educação ambiental e sustentabilidade, além de facilitar processos de criação e gestão colaborativa e escuta profunda.


Contatos podem ser feitos através do e-mail: rafaelsouza@designaovivo.com.br

Referências:


Aflalo & Gasperini - uma história de sucesso

Ontem, em virtude do meu trabalho, recebi em nosso escritório, dois diretores da Aflalo & Gasperini. Foram várias surpresas, e dentre elas a mais impressionante: simplicidade. Simplicidade na maneira de ser e de agir. Não percebi o tão comum estrelismo, presente no ramo da arquitetura.
Deste encontro saí com um grande aprendizado: tradição é um conjunto de costumes e memórias com foco no desenvolvimento e na continuidade.
Sem dúvidas, isso traduz o sucesso e a permanência no concorrido mercado da arquitetura, que neste caso, num sentido mais amplo e mais contemporâneo, significa foco no desenho da cidade, privilegiando espaços integrados entre o público e o privado, criando uma melhora na qualidade de vida do pedestre.
Os 50 anos de história da Aflalo & Gasperini estão contados no livro “A Arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini” de Fernando Serapião. Uma obra completa sobre o trabalho de cinco arquitetos e 60 anos de produção. 
Sugiro uma visita ao site aflalogasperini.com.br.
Quem sabe, em breve uma nova postagem específica sobre a produção arquitetônica desta equipe nota 10.

Aguardem!

Imagem do site: vejasp.abril.com.br

Diretrizes para concepção de projeto



    Para a elaboração de um projeto de arquitetura não basta apenas dar vida aos sonhos dos clientes, ainda que esta seja a maior preocupação dos projetistas.
   Existem normas, leis e códigos de obras da construção civil, aplicados pelos municípios, que apresentam diretrizes de projetos, principalmente no que diz respeito a limitantes para a concepção dos projetos. Como exemplo temos os recuos: Algumas cidades restringem o recuo frontal mínimo de 5,0 metros, outras, 4,0 metros, sendo ainda que em determinadas zonas urbanas pode-se construir junto a calçada, ou seja, recuo 0,0 metros.
   Mas não se trata apenas de recuo. Temos medidas mínimas de ambientes, áreas mínimas, proporção de ventilação e iluminação (mínimas), taxa de ocupação (máxima), coeficiente de aproveitamento (máximo), taxa de permeabilidade do solo (mínima), ocupação de platibanda (máximo), embasamento (máximo), tipo de construção (residencial, comercial, industrial, saúde, educação, etc.) entre tantos outros. Existem cidades que preocupam-se até com a volumetria e arquitetura dos edifícios, determinando que em um conjunto residencial por exemplo, se tenha 50% de unidades diferentes em forma e volume.
     Quando um projetista inicia seus trabalhos, ele deve ter o código de obras da cidade de atuação memorizado, ou pelo menos, à vista. Isso porque cada cidade tem seu código, e que deve ser respeitado.
    É exatamente por isso que os projetos arquitetônicos são submetidos à análise de analistas de projetos nas prefeituras. Somente com a aprovação do projeto é possível a emissão do alvará de construção, documento este, indispensável para o início da construção. 
   Sempre verifique junto ao site da prefeitura da cidade - de atuação onde deseja aprovar um projeto – o código de obras e o plano diretor

. Sem ele não é possível projetar.
Nunca deixe de contratar um profissional habilitado. Ele deve ser cadastrado junto ao CREA  e ter alvará para exercer a função naquela cidade.